Um dos desafios que o investidor estrangeiro encontra para investir em empresas nacionais é a falta de uniformidade das informações contábeis disponibilizadas ao mercado. A questão é agravada quando se busca transparência nos relatórios das companhias relacionados à sustentabilidade.
Para resolver o impasse, surgiu a International Financial Reporting Standard (IFRS) S1 e S2. A ideia é trazer padrões de divulgação de riscos e oportunidades em sustentabilidade — com foco no mercado de capitais.
Portanto, vale entender os principais impactos da IFRS S1 e da IFRS S2 no mercado brasileiro e saber por que ficar atento às regras. Confira!
Afinal, o que são a IFRS S1 e a IFRS S2?
Em tradução para o português, a sigla IFRS significa norma internacional de relatórios financeiros. Por sua vez, S1 e S2 significam padrão 1 e 2, respectivamente (do inglês, standard).
As duas normas foram publicadas em 26 de junho de 2023, pelo International Sustainability Standards Board (ISSB). A medida foi tomada em resposta à crescente exigência do mercado por diretrizes de sustentabilidade globais, comparáveis e de alta qualidade.
Entenda a diferença entre as normas!
IFRS S1
A IFRS S1 exige que as organizações divulguem informações sobre riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade. A medida deve ser adotada para que todos os interessados possam avaliar o impacto desses temas no funcionamento e no valor da empresa.
IFRS2
Já a norma IFRS S2 requer que organizações ofereçam informações detalhadas sobre os impactos financeiros das questões climáticas nos seus negócios. A abordagem deve abranger riscos físicos e de transição, resiliência climática, metas e análise de cenários futuros.
Quais são os impactos das normas para empresas e investidores?
Após entender o conceito por trás das IFRS S1 e S2, vale conferir como as normas impactam empresas e investidores brasileiros. No momento de investir em uma ação, é preciso fazer a leitura dos dados financeiros da companhia para tomar decisões informadas.
Em relação a uma empresa, para receber investimentos, ela precisa fornecer dados verdadeiros e detalhados a seu respeito para o mercado. Logo, a implementação de normas como a IFRS S1 e S2 contribui para assegurar que os relatórios das organizações sejam consistentes e padronizados.
A adoção das normas internacionais contribui significativamente para a transparência e integridade das informações financeiras referentes à sustentabilidade. Além disso, a atitude reforça a confiança dos participantes do mercado nas práticas empresariais, e permite comparações de negócios de diferentes jurisdições.
O impacto da IFRS S1 e S2 para o mercado nacional é grande e sua implementação no Brasil é acompanhada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). O assunto foi tratado na Resolução CVM 193, de outubro de 2023. Ela torna obrigatória a elaboração e divulgação do relatório de informações de sustentabilidade conforme os padrões da ISSB. A regra passa a valer oficialmente a partir de 2026 para empresas de capital aberto, permitindo que as empresas se adaptem às novas diretrizes em tempo hábil. Até lá, a adoção das medidas é facultativa.
Como você viu, as novas regras IFRS S1 e S2 visam padronizar a divulgação de informações empresariais no que se refere a riscos e oportunidades em sustentabilidade. A sua adoção amplia a transparência corporativa, beneficiando empresas, investidores e o mercado financeiro como um todo.
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