Entendendo os regimes de caixa e competência

Os conceitos de “caixa” e “competência”, apesar de estarem muito presentes no dia a dia de equipes financeiras, geram dúvidas em pessoas que não estão “mergulhadas” na rotina financeira diária.

Estes conceitos nada mais são do que formas de identificar qual é o critério adotado para o registro dos valores de receitas e gastos de uma empresa para fins de apuração do resultado em determinado período. Explicando em mais detalhes:

  • Quando se fala em regime de caixa, o critério utilizado é o efetivo desembolso financeiro feito para o pagamento de despesas ou a real entrada de dinheiro recebida por alguma transação. Ou seja, retrata as movimentações financeiras na conta bancária da empresa.
  • Já o de competência considera a data de ocorrência do fato, nesse caso a data que a compra ou venda aconteceu, independentemente do recebimento ou pagamento do valor.

Confira o diagrama abaixo como exemplo:

DRE e Fluxo de Caixa

Aqui cabem duas informações simples e importantes:

  • Na DRE as informações são apresentadas em regime de competência

Por quê? Porque o objetivo da DRE é demonstrar se um determinado negócio é capaz de gerar lucro. Ou seja, se a venda de um determinado produto ou serviço, acompanhado de todos os custos e despesas que isso acarreta, é rentável.

  • No fluxo de caixa as informações são apresentadas em regime de caixa

Por quê? Porque o objetivo do fluxo de caixa é demonstrar a saúde financeira da empresa. Ou seja, se o caixa da empresa está positivo depois de todos os desembolsos e recebimentos que ocorreram.

Mas então eles não demonstram a mesma coisa?

NÃO! Gastos que não estão relacionados diretamente à operação do dia-a-dia (ex.: amortização de empréstimos bancários, investimentos em imobilizado) não aparecem na DRE, tendo em vista que o objetivo da DRE é mostrar se a “operação normal” é rentável. Ou seja, o fluxo de caixa não mostra o lucro, e sim o saldo do caixa da empresa.

Posso trabalhar somente com regime de caixa?

Muitas empresas tentam fazer uma “DRE em regime de caixa”, embutindo contas que geralmente não são analisadas numa DRE. Outras tentam fazer aberturas no fluxo de caixa para organizar as informações da maneira como são visualizadas na DRE. O importante é que a empresa consiga entender duas variáveis:

  • Sua capacidade de gerar lucro
  • Sua saúde financeira no banco

Não recomendamos a utilização de “DRE em regime de caixa” nem de “fluxo de caixa em forma de DRE”.

Conclusão

Ambos os demonstrativos oferecem informações complementares e relevantes para a gestão de uma empresa. Dessa forma, a compreensão e utilização correta dos regimes contábeis se faz necessária para uma boa gestão financeira.

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