Métricas financeiras para navegar no caminho certo

Ter em mãos informações confiáveis e atualizadas é um fator determinante para a qualidade da gestão de uma empresa. Quando falamos especificamente dos indicadores financeiros, ter essas informações pode ajudar a garantir a saúde financeira de uma empresa.

Nesse artigo vamos apresentar alguns indicadores utilizados para avaliar desempenho e saúde financeira das empresas. Vamos explicar os indicadores numa sequência lógica, buscando deixar os mais complexos para o final do texto. Você não precisa utilizar todos eles, nosso objetivo aqui é apresentar opções para você avaliar se sua empresa está no caminho certo. Assim você pode escolher algumas métricas, testar na prática, ter dúvidas e buscar mais informações a respeito. Divirta-se!

Os indicadores financeiros servem para:

  • Medir a saúde financeira da empresa
  • Aperfeiçoar decisões gerenciais
  • Identificar oportunidades
  • Elaborar projeções 
  • Embasar uma estratégia

Neste artigo vamos falar de:

  • Indicadores de Lucratividade
  • Indicadores de Atividade

A seguir, vamos explicar como calcular e interpretar alguns indicadores financeiros.

INDICADORES DE LUCRATIVIDADE

Os dados para estes indicadores são obtidos na DRE.

  1. Margem Bruta (%)

Este indicador demonstra quanto sobra das receitas de uma empresa depois de deduzir os custos de comprar ou fabricar seus produtos ou prestar seus serviços.  É dessa margem bruta que sai todo o recurso necessário para pagar as despesas.

  • Cálculo: Margem bruta = (Lucro Bruto / Faturamento) * 100
  • Importância: a margem bruta é um importante indicador de rentabilidade do negócio, pois é afetado por variáveis como o preço, a variedade e o volume de venda de cada produto ou serviço.
  1. Margem de Contribuição (%)

A margem de contribuição aponta o quanto vai “sobrar” para a empresa em cada venda, depois de pagar custos e despesas variáveis (custos da venda, matéria-prima, impostos) necessários para produção do produto ou prestação de serviço.

  • Cálculo: Margem de Contribuição = Faturamento – (Custos Variáveis + Despesas Variáveis)
  • Importância: quanto maior a margem de contribuição, melhor. A margem de contribuição é a parcela do resultado que cobre os gastos fixos e gera lucro. Um produto com margem de contribuição negativa estará consumindo parte da capacidade de geração de lucro de outros produtos.
  1. Ponto de Equilíbrio (R$)

O Ponto de Equilíbrio refere-se ao nível de venda em que não há lucro nem prejuízo, no qual os gastos totais (custos e despesas) são iguais às receitas totais.

  • Cálculo: Ponto de Equilíbrio = Custos e Despesas Fixas / Margem de Contribuição (%)
  • Importância: conhecer qual o ponto de equilíbrio permite que a empresa saiba exatamente qual o mínimo de vendas necessário para não ter prejuízo.
  1. Margem EBITDA (%)

Este indicador demonstra quanto sobra das receitas de uma empresa depois de pagar os custos e despesas da operação. Ou seja, é o resultado operacional.

  • Cálculo: Margem EBITDA = (EBITDA / Faturamento) * 100
  • Importância: se uma empresa não gera EBITDA, ela não tem uma operação rentável. Toda a amortização de empréstimos e o pagamentos de alguns impostos são feitos com o EBITDA que a empresa gera. Este indicador é usado para comparar o desempenho de empresas diferentes, pois coloca todas numa mesma base de comparação.
  1. Margem Líquida (%)

Este indicador demonstra quanto sobra das receitas de uma empresa depois de pagar os custos, despesas, impostos e juros do banco.

  • Cálculo: Margem líquida = (Lucro Líquido / Faturamento) * 100
  • Importância: através do cálculo da margem líquida é possível identificar se o negócio faz sentido financeiramente, ou seja, se está gerando lucro. Assim como a margem EBITDA, este indicador pode ser usado para comparar o desempenho de empresas é bastante usado por investidores.

    INDICADORES DE ATIVIDADE

    Os dados para estes indicadores são obtidos no balanço patrimonial

    1. Prazo Médio de Recebimento – PMR (dias)

    Este indicador mostra o número de dias decorridos entre a realização da venda e o recebimento do valor referente à venda. Quando o recebimento é parcelado, isso também é contabilizado no prazo.

    • Cálculo: PMR = (Contas a receber / Faturamento) * 360 dias
    • Importância: este indicador demonstra o quanto a empresa tem que financiar as compras feitas pelos clientes. Via de regra, quanto maior o PMR, pior para a empresa. O PMR é influenciado por muitos fatores, tais como o segmento de atuação da empresa, a política de vendas de cada negócio e a eficiência do processo de cobrança.
    1. Prazo Médio de Estocagem – PME (dias)

    Este indicador mostra o número de dias decorridos entre a entrada de um produto no estoque da empresa e a sua saída no momento da venda. É um indicador muito importante para comércios e indústrias, e raramente utilizado em empresas de serviços.

    • Cálculo: PME = (Estoque / Custos) * 360 dias
    • Importância: o controle de estoque é fundamental para que a empresa não comprometa seu caixa além do necessário. Quanto maior o volume de dinheiro empregado no estoque de matérias-primas e produtos acabados, menor a disponibilidade de recursos para aplicação em outros fins.
    1. Prazo Médio de Pagamento – PMP (dias)

    Este indicador mostra o número de dias decorridos entre o momento da compra e o pagamento a fornecedores.

    • Cálculo: PMP = (Contas a pagar / Compras anuais) * 360 dias
    • Importância: o PMP é determinado por variáveis como o relacionamento e o processo de pagamento a fornecedores. Quanto maior o PMP, melhor para a empresa, pois mostra que ela tem mais prazo para pagar seus fornecedores.
    1. Ciclo Financeiro (dias)

    Este indicador mostra o número de dias decorridos entre o pagamento a fornecedores e o recebimento da venda feita ao cliente final.

    • Cálculo: Ciclo financeiro = (Prazo médio de estocagem) + (Prazo médio de recebimento) – (Prazo médio de pagamento)
    • Importância: o ciclo financeiro mostra a média de dias em que a empresa precisa financiar sua operação até que ela receba pelas vendas feitas aos clientes, partindo da data em que ela realiza os pagamentos a seus fornecedores. Ou seja, é o recurso necessário para “girar” o negócio.
    1. Necessidade de capital de giro (R$)

    A necessidade de capital de giro é o valor, em R$, necessário para financiar o ciclo financeiro. Ou seja, a quantidade de dinheiro necessária para bancar a manutenção do funcionamento da empresa.

    • Cálculo: NCG = Contas a Receber + Estoque – Contas a Pagar
    • Importância: a partir do momento em que a empresa sabe qual é a sua necessidade de capital de giro, ela consegue definir estratégias com mais clareza e traçar planos para obtenção de recursos.

    Independente do segmento ou porte da empresa, é possível medir o resultado das atividades e a saúde financeira do negócio. A clareza proporcionada por tais informações pode ser o fator decisivo para saber se a sua empresa está no caminho certo. Não deixe de testar algumas destas métricas!

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