Possuir informações confiáveis e atualizadas é um fator determinante para garantir a qualidade da gestão de uma empresa. Especialmente na área financeira, é preciso saber identificar o estado de viabilidade em que o negócio se encontra e direcionar suas ações para os melhores caminhos. Para essa finalidade, são utilizadas as informações obtidas a partir de indicadores financeiros.

O que são indicadores financeiros?

Os indicadores financeiros são métricas, calculadas por meio de dados obtidos nos demonstrativos financeiros e são uma forma prática de avaliar a saúde financeira de uma empresa, ou seja, se há necessidade de melhorar ou manter os resultados atuais.

Para que servem os indicadores financeiros?

• Evidenciar e corrigir falhas de gestão
• Aperfeiçoar decisões gerenciais
• Identificar oportunidades 
• Elaborar um planejamento 
• Contribuir para estabelecimento de metas
• Maximizar desenvolvimento do negócio

“Ou seja, analisar os principais indicadores financeiros é ter informações para entender a situação atual e condições para traçar novos horizontes. Sem eles, é o mesmo que fazer uma viagem sem um destino definido.”

Os 5 principais indicadores financeiros são:

• Ticket médio
• Margem de Contribuição
• Ponto de equilíbrio
• Lucratividade
• Capital de giro

Esses indicadores devem ser calculados utilizando os dados obtidos nas seguintes demonstrações financeiras: Balanço Patrimonial, DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) e DFC (Demonstrativo do Fluxo de Caixa). Essas demonstrações também são fundamentais para verificar o desempenho e estabelecer comparações sobre os períodos passados da empresa. 

A seguir, vamos explicar como calcular e interpretar cada um dos indicadores financeiros.

Ticket Médio

O ticket médio mostra qual o valor médio recebido por cada venda realizada.

Cálculo: valor total do faturamento dividido pelo volume de vendas realizadas

Ticket Médio = Faturamento / Vendas

Importância: este indicador auxilia na identificação do perfil de venda da sua empresa, ou seja, se os produtos ou serviços vendidos são de maior ou menor valor. Com essa informação é possível definir qual a melhor estratégia de vendas, focar em quantidade ou qualidade.

Margem de contribuição

A margem de contribuição aponta o quanto vai “sobrar” do lucro de cada venda, depois de diminuídos os custos e despesas variáveis (custos da venda, matéria-prima, tributações) necessários para produção do produto ou prestação de serviço. Esse valor será o lucro bruto da venda e deve ser usado para quitar os custos e as despesas fixas.

Cálculo: Margem de Contribuição = Faturamento – (Custos Variáveis + Despesas Variáveis)

Importância: este indicador facilita a visualização de quanto cada preço de venda vai contribuir para o pagamento das obrigações do mês, com isso é possível definir metas condizentes para manter o empreendimento viável. Caso a margem de contribuição não seja alta o suficiente, a empresa pode ter prejuízo mesmo com grande volume de vendas.

Ponto de equilíbrio

O Ponto de Equilíbrio representa o volume mínimo de vendas ou serviços prestados que são necessários para arcar com os custos e despesas da empresa. Quando o ponto de equilíbrio é atingido o valor das vendas deve ser igual ao valor dos custos e despesas totais, não havendo lucro ou prejuízo.

Cálculo: soma dos custos fixos e das despesas fixas dividido pela margem de contribuição (em forma de porcentagem).

Ponto de Equilíbrio = Custos e Despesas Fixas / Margem de Contribuição (%)

Importância: conhecer qual o ponto de equilíbrio permite que a empresa saiba exatamente qual o mínimo de vendas necessário para a empresa não gerar prejuízo e quanto é necessário para ela passar a ser lucrativa.

Lucratividade

Este indicador demonstra o ganho que a empresa consegue gerar por meio do trabalho desenvolvido. Isso é feito com a comparando do lucro líquido com relação ao seu faturamento total.

Cálculo: Lucratividade = (Lucro Líquido / Faturamento) * 100

Importância: através do cálculo da lucratividade é possível identificar se o negócio faz sentido financeiramente, ou seja, se está gerando lucro. Esse indicador, representado em percentual, é muito útil para comparação de empresas de portes ou segmentos distintos e é muito utilizado por investidores e para financiamentos.

Obs: Lucratividade não é sinônimo de rentabilidade. 

Capital de Giro

O capital de giro representa o montante financeiro essencial para sustentar as operações contínuas de uma empresa.

Cálculo: (Contas a receber + valor em estoque) – (contas a pagar + valor a pagar impostos e despesas)

Importância: saber qual o capital necessário para manter a saúde financeira do negócio garante que as obrigações (pagar fornecedores, salários, impostos, entre outras) sejam cumpridas, permitindo a continuidade da empresa.

Conclusão

Podemos concluir que, independente do segmento ou porte da empresa, é imprescindível conhecer e utilizar estrategicamente as informações fornecidas pelos indicadores financeiros apresentados. Com o maior nível de entendimento que é proporcionado por tais informações, torna-se possível realizar melhorias e alcançar resultados cada vez mais positivos.